DESVENDE A ESPLÊNDIDA CULTURA PERSA EM UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA.

18 FEV – 26 FEV – Inscrições Abertas

Para um fotógrafo documental ou viajante em busca de quebrar paradigmas in loco, a história milenar e cultura de um destino governado com mãos de ferro como o Irã sempre despertam verdadeiro fascínio. Posicionamentos políticos e estereótipos à parte, a antiga Pérsia é um verdadeiro tesouro da civilização e do pensamento, onde surgiram conceitos filosóficos, matemáticos, literários e culturais que chegaram ao mundo ocidental via rotas comerciais e sucessivas ondas de dominação de lado a lado.

Parte dessa poderosa herança histórica pode ser vista em cidades hoje transformadas em ruínas, como Persépolis e Pasárgada, onipresentes nos livros de história. Homens como Xerxes e Dario eternizaram seus nomes em batalhas contra Alexandre Magno e os 300 de Esparta — que, na verdade, eram muito mais. Nenhum nome porém se sobressai ao de Ciro, o Grande, um estadista e soldado que legou mudanças profundas na sociedade e cultura de seu vasto império, que ia da Turquia à Índia, o maior de seu tempo. Curiosamente, ele era um grande protetor do povo judeu, que o tinha em alta estima. Com a chegada dos árabes e a perpetração do Islã, os persas começaram a erigir mesquitas e madrasas espetaculares em Isfahan e Shiraz, dois destinos obrigatórios na região. Mas não é só isso. A terra dos aiatolás é muito mais diversificada do que parece.

Menor do que na época de Ciro, o Irã ainda é um dos maiores países do mundo, estendendo-se do Golfo Pérsico ao Mar Cáspio — de onde saem algumas das variedades mais cobiçadas do caríssimo caviar beluga –, e, de leste para oeste, Iraque e Turquia, e Turcomenistão, Afeganistão e Paquistão.

Aos turistas, é necessário seguir um código de conduta. Homens não devem usar bermudas, nem usar camisetas com mensagens profanas. Mulheres devem cobrir braços, cabelos e pernas, usando roupas largas até os joelhos e, preferencialmente, nada de maquiagem. Os turistas estrangeiros não costumam ser fiscalizados muito de perto, mas não custa nada ter bom senso e não abusar. Apesar das restrições ligadas à religião, o país é muito seguro, a arquitetura é rica, as pessoas são simpáticas, curiosas e muito inteligentes, e a comida é deliciosa.

Fotograficamente estes fatores são riquíssimos e as oportunidades de uma boa imagem aparecem a cada esquina, um paraíso para os amantes da street photography. A dica aqui é um equipamento leve e discreto para, em alguns casos, conseguir imagens mais naturais de maneira despercebida. Os bazares são encontrados em todas as cidades e fervilham com as cores dos tapetes, o cheiro dos temperos e a delicadeza da arte Persa.

Pequenas vilas nas montanhas como Abyaneh preservam um ambiente e um modo de vida único, muito difícil de se encontrar nos dias de hoje. Os moradores se permitem fotografar com simpatia ao mesmo tempo em que desenvolvem seus afazeres. Há uma diferença muito grande de abordagem quando se fotografa mulheres. Os homens são quase sempre muito abertos, já as mulheres um pouco mais reclusas. A arquitetura urbana trás um tom nostálgico de décadas passadas e as gigantescas mesquitas surgem em meio aos prédios. Estas mesquitas são a representação mais impressionante da religião islâmica. São construídas de modo a permitir a entrada da luz em certos horários e fotograficamente transformam o ambiente interno reluzindo pelas paredes coloridas. As mais bonitas são encontradas em Isfahan, Shiraz e Yazd.

Durante a viagem, entre uma cidade e outra, também teremos possibilidades fotográficas de paisagens desérticas com belíssimas formações rochosas e ruínas com mais de 2500 anos como Persépolis, um patrimônio da humanidade. O Irã se mostra um tesouro cultural e histórico com um povo simples e agradável, uma imersão que nos faz refletir sobre o modo de vida que levamos aqui do outro lado do planeta.

Cristiano Xavier

Mais informações – Roteiro – Galeria de Fotos nesse link: ONELAPSE

PBMAG NEWS – Informativo Cristiano Xavier